Aproxima-se mais uma Páscoa!
O mundo cristão celebra nesta data a morte e Ressurreição de Cristo, cada um de acordo com a fé que professa.
Ano após ano o ritual se repete, com diversas manifestações de cariz religioso, mais ou menos dramático.
Tenho ouvido grandes e ungidos pregadores falar da paixão e morte de Cristo, alguns conseguem emocionar grandemente o auditório.
Ainda está fresca na nossa memória o filme de Mel Gibson "A PAIXÃO DE CRISTO", que de forma bastante realista e chocante retratou todo o terrível sofrimento infligido ao Senhor Jesus Cristo.
No entanto, para além do intenso sofrimento físico, pensemos no que foi o sofrimento moral, espiritual e emocional de Cristo, para mim muito mais doloroso que aquele.
Devo dizer, no entanto, que o sofrimento de Jesus não começou nessa ocasião, mas muito antes.
Logo ao nascer, mesmo sem ter consciência disso, José e Maria tivera de fugir da sanha assassina de Herodes, que cobardemente mandou assassinar todas as crianças de Belém, abaixo de dois anos de idade, na expectativa de apanhar Jesus, que Herodes considerava uma ameaça à sua posição de rei da Judeia.
Iniciando o Seu ministério, Jeus teve de enfrenta a oposição e rejeição dos religiosos judeus.
João 1:11 diz:
Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam.Todos sabemos quão dolorosa é a rejeição, se alguma vez passámos por essa situação.
podemos sentir o que Jesus sentiu ao exclamar diante da cidade de amada:
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados; quantas vezes quis ajuntar teus filhos, como a galinha ajunta os seus filhos debaixo das tuas asas, e tu não quiseste. Mateus 23:37.Ao longo dos três anos e meio que durou o Seu Ministério terreno, Jesus teve de enfrentar o ódio, o despeito e a inveja dos judeus religiosos da Sua época.
Mais de uma vez os judeus planearam matar Jesus, quase estiveram a ponto de o conseguir, só que Jesus se lhes escapou das mãos.
Por diversas vezes tentaram apanhar Jeus em alguma falta, prepararam armadilhas com o objectivo de o denunciar às autoridades romanas ou para O desacreditar diante do povo.
Mentiram, caluniaram e torceram as palavras do Mestre, da maneira mais ignóbil, com o objectivo de O silenciarem. Foi assim o tempo todo!
Na Páscoa, o sofrimento emocional de Jesus atinge o seu maior grau de intensidade. Se não, repare:
Na hora da última ceia, Jesus lava os pés de todos os discípulos, até de Judas Iscariotes, mesmo sabendo que ele era o traidor, que O venderia por umas míseras trinta moedas de prata.
No jardim do Getsemani, Jesus angustiado até à morte, pediu a três dos Seus discípulos para que orassem e vigiassem consigo naquela hora terrível que se aproximava; em vez de orarem como Ele pedira, todos adormeceram, pelo que o Senhor teve de suportar toda a pressão sozinho.
Não porque o Senhor Jesus tivesse medo da cruz ou do sofrimento atroz que O aguardava, mas porque sobre si caiu o peso dos nossos pecados!
Consumada a prisão, Jesus vê todos os Seus discípulos fugirem cobardemente, cada um para o seu lado, atemorizados com o que poderia sobrar para eles naquela conjuntura. Todos eles prometeram seguir o Mestre até à morte se necessário fosse,
Mateus 26:35.Pedro, um dos mais chegados discípulos, vai medroso, seguindo de longe os acontecimentos, e dentro em breve vai dizer alto e bom som que não conhece Jesus de parte nenhuma.
Nessa noite, madrugada, Jeus é sujeito a um julgamento fantoche por parte do sinédrio, espécie de tribunal religioso judaico, que atropelou o direito e a justiça da forma mais maldosa que se possa imaginar.
Como não podiam executar Jesus legalmente, remetem-No para o governador Pôncio Pilatos e mais tarde, este a Herodes, com acusações mentirosas, colocando palavras na boca de Jesus que Ele não dissera.
O próprio Pilatos reconhece a inocência de Jesus, dizendo:
"Não acho Nele crime algum!"Ainda esboçou uma débil tentativa de libertar Jesus, mas diante da intransigência e a cegueira dos judeus, acabou mandando crucificá-Lo.
Daí, os soldados romanos O açoitaram no tronco, vestiram-No de uma capa escarlate, colocaram uma coroa de espinhos sobre a Sua cabeça, deram-lhe uma cana a simular um cetro, e passaram a agredi-Lo como murros, enquanto faziam a maior zombaria da Sua Pessoa...
Sinceramente, não sei o que dói mais, se o chicote e os murros ou a chacota...!
Só ao de leve conseguimos imaginar o terrível sofrimento físico que o Senhor Jesus suportou, mas isso nada é comparado com o que vem a seguir.
Já crucificado, sofrendo atrozmente com os pregos que Lhe trespassam as mãos e os pés, suportando tudo sem o menor queixume, apenas um grito O faz explodir de angústia:
DEUS MEU, DEUS MEU, PORQUE ME DESAMPARASTE?Para Jesus esse foi o momento mais medonho! O momento em que percebeu que o Pai que tanto O amava e que Ele amava também naquela hora virara o Seu rosto para não ver a morte do Seu Único Filho.
No corpo e na alma de Jesus estava caindo a justiça de Deus, sofrendo o Justo pelos injustos, para assim poder reconciliar o Homem caído, perdido e morto em seus pecados.
Afinal é esse o sentido da Páscoa e o significado da morte de Jesus Cristo!
Ele convida o Homem pecador a crer Nele e a arrepender-se dos seus pecados, porque o preço a ser pago pela justiça Divina foi integralmente pago por Jesus.
Ele morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação!
Amigo, agarre esta oferta de Deus com as duas mãos, creia em Cristo como seu Salvador pessoal, e assim experimentará o Amor de Deus em sua vida!
Deus o abençoe!
O KOHELETH